1ª EDIÇÃO – "A Tragédia de Ismene, A Princesa de Tebas", de Pedro Silva de Senna

Anos depois da morte de Édipo, Tebas está novamente sitiada pelo exército argivo, comandado agora pelos 0lhos dos generais que impuseram o cerco anterior (que dera origem à tragédia de Antígona). Creonte, rei de Tebas desde o exílio de Édipo e a morte dos olhos deste, está louco e foi declarado incapaz: o trono tebano está vago. Ismene, irmã de Antígona, é o último membro vivo da casa real dos Labdácidas. Escrita em verso livre, sem pontuação, a peça existe num universo intertextual, não só com referências ao mito grego em que se insere, mas também com citações diretas a Sófocles, Eurípides, Shakespeare e Chekov. À influência deste último deve-se o caráter trágico da peça: a paralisia e a dor daqueles que decidem viver, dia a dia, sem heroísmo.

2ª Edição – "É Samba na Veia, é Candeia", de Eduardo Rieche

O texto é um passeio pela vida e pelo riquíssimo universo lírico e melódico do compositor Antônio Candeia Filho (1935-1978) que, sabiamente, dizia: "O sambista não precisa ser membro da Academia/Ao ser natural com sua poesia/O povo lhe faz imortal". Criado em Oswaldo Cruz, o negro Candeia foi fiel à sua vocação de sambista. Com apenas 17 anos, compôs para a Portela o primeiro samba do carnaval carioca a receber a nota máxima do júri. Mito da resistência cultural afro-brasileira foi, como bom filho de Oxóssi, um líder carismático que brigou incansavelmente pelas nossas raízes e no combate ao gigantismo e os falsos valores que via nas escolas de samba.

3ª Edição – "Tempo de Solidão", de Marcia Zanelatto

Um casal vivendo o auge do amor decide se separar. E ela agora está por mudar tudo em sua vida: seguir outro rumo, partir. Mas eis que na estação, ela não consegue decidir sobre seu destino. O velho bilheteiro recomenda que ela siga para o Sul, mas ela hesita diante do bilhete. O velho, que de sua cabine há trinta anos assiste encontros e despedidas, a acolhe com seu humor leve e sábio, enquanto ela precariamente sustenta seus mistérios de sentimento. A poesia prevalece entre os dois, mas a alma da amante está imersa em consternação. Ela não pode partir, algo a impede. Algo que não foi dito. Algo que não foi ouvido. Somente verdades de amor faladas poderão devolvê-la a si mesma. Entre duas pessoas - seja início, meio ou fim - não basta amar, é preciso conversar.

4ª Edição – "Não Me Diga Adeus", de Juliano Marciano

João ama Luiza. Ama tanto que não consegue viver imaginando que um amor tão grande se acabou, mas antes de por fim a sua vida ele precisa contar a sua história e a única ouvinte é a própria Morte, ou melhor, O Morte. Num mundo globalizado e super populoso como o atual a velha Dona Morte não dava mais conta do trabalho sozinha, por isso estatalizou o seu negocio e agora jovens ceifadores fazem o seu serviço. Contudo o jovem Morte não tem tempo e muito menos paciência para ouvir as lamurias de um "João Qualquer Coisa", mas João insiste, só vai embora depois que contar a sua história com Luiza, repassar todos os detalhes para entender em que ponto um amor tão grande se perdeu.

5ª Edição – "Arresolvido", de Érida Castello Branco

Um pequeno povoado. Muitos preconceitos. Tentação por todo lado. Vizinha não resiste. Menino, sentindo-se o homem da casa após a morte do pai, resolve proteger a mãe. O texto apresenta uma crítica sobre o 'lugar' do homem e da mulher nas camadas menos favorecidas da nossa sociedade e sobre o nosso sincretismo religioso. "Arresolvido" é um espetáculo despretensioso e alegre, que fala com imenso carinho de um dos muitos brasis que compõem o Brasil, em particular porque a infância e a descoberta do mundo são as mesmas em todos eles, mesmo que em versões diversas, e que nos deixa comovidos, por saber que aquela é uma parte de nós mesmos.

5ª Edição – "Sexton", de Helena Machado e Juliana Schmitz

SEXTON, é livremente inspirada na vida e obra de Anne Sexton, brilhante poetisa confessional americana ganhadora do Prêmio Pullitzer. Uma das precursoras do Confessionalismo, Sexton foi vanguardista ao inserir tabus femininos na poesia. Primeira poetisa cultuada como celebridade pelos americanos, Sexton fazia de suas declamações verdadeiras performances exuberantes de si mesma. De criança rejeitada pela família à artífice da palavra, ela conduziu sua carreira imersa num turbilhão psicológico que nunca chegou a qualquer diagnóstico preciso, sucessivas internações em hospícios , consumo rotineiro de bebidas e barbitúricos, múltiplas relações extraconjugais e total incapacidade enquanto mãe e mulher marcaram a trágica vida de Anne.

6ª Edição – "Camélia", de Ronaldo Ventura

O espetáculo é inspirado no caso de uma paciente homossexual publicado por Freud por volta de 1920. Tendo como ponto de partida a história de uma jovem se apaixona por uma mulher mais velha, o autor pesquisou mais detalhes e descobriu que essa jovem viveu até os 100 anos, passou por duas guerras mundiais, era judia de nascimento, fugiu dos nazistas, correu o mundo e passou uma temporada no Brasil, onde teve um relacionamento com uma mulher casada. E apesar de tantas paixões, esse foi seu único e verdadeiro amor até o final da vida.

6ª Edição – "Casarão ao vento", de Francisco Alves

Nos fins dos anos 1880, num dia de forte tempestade, 3 irmãs de diferentes idades e personalidades preparam-se para os seus casamentos arranjados pelo pai. Ilhadas no velho casarão onde habitam no interior do Brasil, se questionam sobre suas vidas, seus futuros maridos e seus destinos.

7ª EDIÇÃO – "A TROPA", DE GUSTAVO PINHEIRO

Internado em um hospital, um pai se reúne com os quatro filhos. No reencontro, os cincos passam a limpo mágoas e revelações do passado.

7ª EDIÇÃO – "UM CAMINHO PARA SARA", DE THALES PARADELA

Espetáculo infantil, criado a partir das notas de viagens do próprio autor pelo Caminho de Santiago de Compostela, o texto propõe um caminho para a menina Sara que passa por uma aventura de descobertas e transgressões. Ela precisa vencer seus medos e angústias típicas do amadurecimento para seguir seu caminho e descobrir sua alma de artista.

7ª EDIÇÃO – "PRINCÍPIOS TRANSGREDÍVEIS PARA AMORES PRECÁRIOS", DE THALES PARADELA

Um pai recebe a visita da filha com a qual nunca conviveu. Durante o período de preparação de um jantar, revisita o significado de diversas relações amorosas.